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Reflexão

Ostra feliz não faz pérola

Recentemente tive uma conversa com meu marido e duas amigas sobre desenvolvimento pessoal/profissional. Ficamos refletindo por um tempo sobre como “ostra feliz não faz pérola”, como já dizia Rubem Alves.

Sou psicóloga e lido diariamente com os desconfortos dos clientes. Os percalços às vezes emperram, mas em muitas outras empurram o desenvolvimento das pessoas. Vamos esclarecer isso um pouco mais nas próximas linhas!

Qual é o questionamento que te impulsiona mais longe?

Uma das pessoas que atendo me enviou um texto sobre o tipo de perguntas que devemos nos fazer para impulsionar nosso autodesenvolvimento. O ponto principal defendido pelo autor é que nos perguntarmos o que queremos é uma pergunta “fácil”. Há uma pergunta muito mais importante a ser feita e que traz mais informações. Poderia ser resumida em algo como: “qual é a dor que estou disposto(a) a enfrentar para conseguir o que eu quero?”.

O desequilíbrio é inerente ao desenvolvimento

Na ideia de melhoria ou desenvolvimento está embutido que algo não está perfeito, que está incompleto. Não melhoramos aspectos que estejam incríveis, acabados. A sorte agridoce é que nós, seres humanos, somos insatisfeitos crônicos com a vida e temos essa capacidade de sempre vermos um ponto que pode ser aprimorado. Isso pode travar as pessoas com autoconfiança muito baixa para testarem e se exporem às novas propostas que se fazem, por isso o processo para elas demora um pouco mais. Mas para quem está no caminho de se sentir seguro consigo mesmo, é o que impulsiona o autodesenvolvimento.

Sejamos práticos: se está tudo muito bem, obrigado, por que mexer em time que está ganhando? Cortamos caminho, tomamos atalhos, gastamos menos tempo com o que está dando certo.

Se você quer se desenvolver de alguma forma, primeiro precisa entender o porquê. Quais dores você tem hoje que te motivam a pensar nessa necessidade de dar o próximo passo ou mudar a rota? Quais dores você tem disponibilidade para enfrentar nessa jornada? Mudanças, mesmo que para melhor, geram necessidade de adaptação, o que por sua vez pressupõe a existência de um desequilíbrio temporário. Quando estamos em processo de mudança, deixamos de ter o controle parcial e conhecido que tínhamos sobre a situação anterior. Mergulhamos no universo desconhecido das possibilidades que ainda não testamos.

Então me diz: quais desequilíbrios você topa enfrentar para chegar ao seu próximo ponto de equilíbrio? O que isso vai te custar e, ao mesmo tempo, o que te trará como recompensas?

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Débora Lopes

The author Débora Lopes

A profissão oficial é psicóloga, mas faz um monte de coisas. Devoradora de livros, maratonista de seriados, mãe de cachorro... Débora é uma jovem idosa que jamais recusa um café com os amigos. Ama viajar, especialmente para lugares frios.

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