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crônica

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Crônica

Como não ser um babaca

Não sei se já contei para vocês — tenho a ligeira impressão que sim — de quando um menino virou um copo de refrigerante em minha cabeça. Era uma das várias festas de aniversário de algum dos filhos dos vários colegas de trabalho do meu pai. Estávamos nós, as crianças, brincando de qualquer coisa e
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Crônica

O eterno ensino médio

Hoje eu sonhei que estava de volta ao ensino médio. Freaks and geeks de novo. Aí o papo que estava rodando era de que o macho-alfa, o bambambã, o menino do queixo quadrado havia terminado o namoro. Bela sexta-feira para se estar na escola. Frisson feminino, cheiro de Ana Bolena no ar. Mas um amigo
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Crônica

Um homem de fé

Falemos de fé. Pois vai tentar tirar da cabeça da sua mãe/tio/avó/whatever aquela certeza inabalável sobre o link da Dilma reptiliana. "Me mandaram no WhatsApp", eles dizem. Fé é um negócio complicado, pois os sinais parecem óbvios e tudo converge para a confirmação daquilo que negamos/queremos. A biologia ficou louca nos ovários e útero de
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Crônica

Todos os cães merecem o céu

O único paraíso possível é aquele onde você acaba de botar o pé e do nada surgem doze filhotes felizes e sem raça definida, num fuzuê idêntico ao daquele cachorro que te revê após quinze minutos de solidão, só porque você esqueceu o guarda-chuva ou o dinheiro da passagem e teve que voltar para casa.
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Crônica

Microcrônica pós-banho

Hoje achei um corte em meu braço. Não sei como arranjei. É um corte relativamente bem cicatrizado e não dói. Estava no banho quando o encontrei. A água demorava para esquentar e vi que não havia toalhas no banheiro. Odeio quando esqueço de levar a toalha para o banheiro. Enfim. Sentia um misto de preguiça
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Crônica

Pintando o silêncio

Eu tinha todo um outro texto pronto sobre um assunto completamente diverso. Tinha prometido para mim mesmo que não falaria de amor de novo tão cedo, porque falar de amor às vezes pode ser invasivo: não sei o que as outras pessoas entendem por amor no momento em que estão lendo o que escrevo. Sei
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Crônica

Como dizer eu te amo

O último ensaio de Roland Barthes seria sobre Stendhal. “Malogramos sempre ao falar do que amamos”. Era esse o título. Li que Barthes conseguiu datilografar apenas uma página. A segunda ficou para sempre limpa, enfiada na máquina de escrever em seu escritório. Antes de terminar a revisão e bater o manuscrito, o pensador francês sofreu
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A coisa não homem

Isto aqui vai começar de um jeito nada a ver. Tenho uma palavra favorita: nenúfar. É boa de falar, é boa de escrever. Tente. Posso esperar. Aliás, tente depois. Leia o texto primeiro e tente depois. Eu, por exemplo, destro até com a canhota, sei que já escrevi nenúfar mais do que uma vez com
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Crônica

Geladeira

Há quem fique louco, possesso, ao vislumbrar o final do reto, o esfíncter pulsante, a dobra anal de um gato em seu travesseiro de fronha limpa. Há quem aposte alguns dedos da mão e os perca, assim, num átimo, por fiar que suas cartas são melhores que as do homenzarrão recendendo à catuaba do outro
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Crônica

Por que tão cinzas vossos corações?

Quando criança, infelizmente, estraguei duas coisas que meu pai gostava muito: um vinil do Queen, acho que de um show ao vivo, e um pequeno quadro decorativo, daqueles com vidro e areia dentro e que dão altos efeitos legais. Eu menti para ele sobre ambos os estragos. O vinil estraguei ao fingir que ele era
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