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relacionamentos

Sem título
Conto

Eu quero quebrar essas xícaras

E lá vai ela, de novo, toda maquiagem, panos e pressa. Quanta urgência, quanta gana. E pelo quê? Não sei, não faço ideia do que ela anda caçando fora daqui ultimamente. E olha que hoje é sábado. Isso, não esquece a máscara, Josiane. Mas sugiro uma troca nas estampas. Quem sabe aquela com cachorros, que
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Crônica

Um homem de fé

Falemos de fé. Pois vai tentar tirar da cabeça da sua mãe/tio/avó/whatever aquela certeza inabalável sobre o link da Dilma reptiliana. "Me mandaram no WhatsApp", eles dizem. Fé é um negócio complicado, pois os sinais parecem óbvios e tudo converge para a confirmação daquilo que negamos/queremos. A biologia ficou louca nos ovários e útero de
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Conto

Cavalos selvagens

A festa estava um tédio só e eu tinha cortado o polegar tentando abrir a última cerveja da geladeira sem o abridor. Quem some com o abridor em uma festa? Sangrei um bocado, xinguei um bocado, tanto a mãe do maldito que engolira o abridor quanto a minha pessoa. Quem tenta arrancar a tampa de
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Crônica

Pintando o silêncio

Eu tinha todo um outro texto pronto sobre um assunto completamente diverso. Tinha prometido para mim mesmo que não falaria de amor de novo tão cedo, porque falar de amor às vezes pode ser invasivo: não sei o que as outras pessoas entendem por amor no momento em que estão lendo o que escrevo. Sei
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Crônica

Como dizer eu te amo

O último ensaio de Roland Barthes seria sobre Stendhal. “Malogramos sempre ao falar do que amamos”. Era esse o título. Li que Barthes conseguiu datilografar apenas uma página. A segunda ficou para sempre limpa, enfiada na máquina de escrever em seu escritório. Antes de terminar a revisão e bater o manuscrito, o pensador francês sofreu
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Judgement
Crônica

A coisa não homem

Isto aqui vai começar de um jeito nada a ver. Tenho uma palavra favorita: nenúfar. É boa de falar, é boa de escrever. Tente. Posso esperar. Aliás, tente depois. Leia o texto primeiro e tente depois. Eu, por exemplo, destro até com a canhota, sei que já escrevi nenúfar mais do que uma vez com
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Crônica

Por que tão cinzas vossos corações?

Quando criança, infelizmente, estraguei duas coisas que meu pai gostava muito: um vinil do Queen, acho que de um show ao vivo, e um pequeno quadro decorativo, daqueles com vidro e areia dentro e que dão altos efeitos legais. Eu menti para ele sobre ambos os estragos. O vinil estraguei ao fingir que ele era
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Reflexão

Achar a metade da sua laranja?

Não é de hoje que observo que tenho um relacionamento um bocado diferente dos de outros casais. Para quem não sabe, sou casada com o Marcos Marciano daqui do blog. É claro que nós já nos desentendemos e brigamos muito no passado, mas usamos o tempo de casamento e as experiências que ele nos trouxe
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Reflexão

Quem é você para além da sua queixa?

Hoje eu quero conversar com vocês sobre um assunto mais sério e tenso do que de costume. Vocês sabem que eu sou psicóloga, né? E isso me faz trabalhar com as demandas das pessoas durante toda a minha jornada de trabalho. Nós psicólogos entendemos que uma "queixa" — ou mais de uma — é o
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Conto

O menino com olhos de botão

Era uma vez um menino que tinha botões no lugar dos olhos. Nascido em uma cidade pequena no sul da Alemanha, Charles cresceu ao lado do irmão mais velho, um garoto autista de dezessete anos, e sua mãe, que há pouco perdera o marido para os caminhos da guerra. Charles estava acostumado com a percepção
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