close
Crônica

O eterno ensino médio

Hoje eu sonhei que estava de volta ao ensino médio. Freaks and geeks de novo. Aí o papo que estava rodando era de que o macho-alfa, o bambambã, o menino do queixo quadrado havia terminado o namoro. Bela sexta-feira para se estar na escola. Frisson feminino, cheiro de Ana Bolena no ar.

Mas um amigo próximo, aquele que sempre aspirou a um lugar de destaque na cena estudantil, que daria um dedo para ser, quem sabe, um bom sidekick do queixo-quadrado, disse que tinha notícias quentes. O Cara estava triste. Tipo, tristão mesmo, de olhos marejados e tudo. Um clipe do Aerosmith dos anos 90. E meu amigo falou que essa nem era a parte quente da notícia. A coisa boa para nós, freaks and geeks, era outra: o bonitão depressivo queria montar uma banda. De acordo com meu confrade, aquela seria a nossa chance. Devíamos topar montar uma banda com o fulaninho lá. Um The Cure, um Nirvana de Belo Horizonte.

“Mas [nome do amigo], nós não sabemos tocar porra nenhuma”, eu argumentei. E ele com aquela cara de e daí, vamos nessa.

Acordei puto com a audácia do convite daquele desgraçado e sentindo muita, mas muita falta daqueles anos.

Tags : crônicaescolahumormúsica
Marcos Marciano

The author Marcos Marciano

Marcos Marciano é um ser humano amador. Formou-se em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, lê livros por esporte e escreve por falta de vergonha na cara. Ainda não sabe por que a Débora resolveu se casar com ele.

Leave a Response