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Reflexão

Espelho enganoso: um reflexo de mentiras

Em 1895 houve um grande marco na história da indústria de entretenimento visual, quando os irmãos Lumière, aperfeiçoando um instrumento de projeção interna de filmes, deram vida ao primeiro cinema. Desde então, esse ramo profissional vem crescendo e dando espaço às televisões, computadores e outros aparelhos tecnológicos. Porém, o benefício do desenvolvimento da indústria audiovisual trouxe inúmeros malefícios para a sociedade, como por exemplo o incentivo a discriminações físicas ou até mesmo doenças causadas por desejos que remetem a perda de peso.

A imposição de um padrão de beleza tornou-se maçante ao longo dos anos, onde as definições sociais sugerem uma visão de estética imagética com modelos esquálidas, que em sua maioria não representam saúde, aludem a uma realização pessoal que apresenta imagens mentalmente fortificadas de “eterna juventude”. Contudo, o padrão estético não é algo atual. Carregado desde a Grécia Antiga, ele provou, mesmo que aperfeiçoado conforme a mídia traspassava as crenças visuais para a época, sempre manter a base clássica: um corpo magro e pele branca.

Além das inúmeras discriminações para determinar um padrão fixo, o “tipo ideal” mostrou-se prejudicial física e emocionalmente para a sociedade. Filmes como O mínimo para viver ou Anorexia – uma ilusão da beleza representam a vida de jovens que foram vítimas de uma doença que as consome mentalmente, causando danos físicos: a anorexia. Um dos muitos problemas causados pelo conflito de imagem, a anorexia tem como principal característica a falta de alimentação com o intuito de perda de peso, o que infelizmente é algo comum entre jovens que não se sentem bem consigo mesmos por conta do padrão vendido pelo entretenimento visual.

A partir do exposto, fica evidente que o padrão de beleza criado pela mídia ao longo dos séculos não passa de uma alusão estética muito prejudicial à saúde, mas que é cada vez mais idolatrada em vez de ser quebrada pela sociedade. Uma realidade discriminativa que incentiva a falta de amor próprio por visualizar um padrão imposto que foge da aceitação das diferenças físicas. A indústria fornece as imagens para entreter o povo, porém as pessoas encaram os símbolos que as abastecem com essas representações padronizadas como um espelho desejoso, quando na verdade não passam de um reflexo de mentiras.

Tags : anorexiajuventudemídiareflexãosaúde
Alice Lopes

The author Alice Lopes

A mais nova da família, Alice é escritora de fanfic para kpoperos desde 2017. Recém-envolvida pelo mundo dos animes, ela adora livros e seus passatempos preferidos são comer e dormir, além de uma boa conversa com as amigas sobre coisas bobas.

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